Sempre que regresso da Serra da Freita venho com as baterias recarregadas 😁
No passado fim de semana foi dia da famelga rumar à Serra da Freita 😀
Esta prova tinha sido planeada com tempo tal como a sua preparação. Os treinos correram bem e a motivação estava em alta. Eu porque ia mais uma vez correr na minha serra preferida e a Clarinha porque está uma fã incondicional dos Km`s verticais e ia tentar fazer as "pazes" com a Freita 😀.
Para além da motivação extra que seria desforrar-me da prova de m@rda que me proporcionaram há 4 anos atras, eu ia ter o meu herdeiro e a Clarinha à minha espera.
Km vertical
Sábado era dia da Clarinha entrar em ação.
Com inicio na aldeia das Berlengas a partida era dada ás 19:30 com saídas de 30 em 30 segundos.
Assim que deixei a atleta rumei ao local da chegada que era na torre. Estava já de noite , chuva, vento, escuridão, uiiiiiiii que a rapariga vai matar-me, foi o que eu pensei. Mas pronto, vamos ver como corre.
Fotografia: M. Moreira Azevedo |
Fui assistindo à chegada dos atletas que iam aparecendo por entre aquele vento forte e chuva que se fazia sentir, ate que 1h12m depois de ter partido chega a menina toda sorridente e contente como se estivesse um dia de sol com muito calor e tivesse sido muito agradável o passeio pela serra.
Dirigi-me a ela e senti alivio por ter gostado do que tinha feito e ...surpresa das surpresas, tinha conseguido o 3º melhor tempo por escalão.
Fiquei super contente e orgulhoso da sua prestação porque para quem não estava nada habituada a estas andanças a evolução é enorme 💪💪
Domingo, dia de eu entrar em ação 😁
Eram 8:30 da manhã com muito frio e vento e lá partiam 45 corajosos para enfrentar a Serra da Freita num percurso em que uma parte já era bem conhecido por mim de outras andanças, outra parte, não tão bem.
Assim que iniciamos a prova formaram-se 3 grupos (pelo menos foi essa a ideia com que fiquei quando olhei para trás no estradão inicial antes de virarmos para dentro do mato). O grupo mais pequeno era o meu, que era o do meio. Eramos sensivelmente 5/6 atletas, mas entre os 4/5 kms iniciais fiquei apenas eu e o Fabio Mendonça do Viseu Running Team.
Fotografia: Total Crono (o Fabio é o menino com a camisola vermelha) Parabéns Fabio pela tua excelente prova |
Fizemos praticamente até ao 12km os dois sozinhos...os do grupo da frente já não se viam e os do grupo de trás também não.
Esta parte da prova tinha sido muito rápida, por vezes até me esquecia que estava a correr na Freita, mas na realidade a Freita estava mesmo ali à minha frente.
Assim que passámos o 1º abastecimento o Fabio afastou-se de mim, porque eu parei e ele seguiu sempre.
Bem, a prova na realidade começou ao km16,5. Ate aqui levava 1h55m de prova. Pela frente iá enfrentar 6kms de subida onde começávamos nos 280m de altitude e fomos acabar num dos pontos mais altos da serra com 1000m de altitude.
Fotografia: Frítz |
Com 3h20m de prova atingia o km 23. Entretanto já tinha passado pelo 2º abastecimento que voltaria a ser o mesmo para o 3º, visto que iriamos fazer um pequeno trajeto circular e íamos passar pelo mesmo sitio antes de voltarmos a subir, e agora sim, para o ponto mais alto, que seria a Torre.
O relógio marcava 30 km´s e 4h25m de prova. Pela frente ia enfrentar mais um obstáculo da Freita. O km vertical que se iniciava pouco depois do 3º abastecimento a 320m de altitude e ia acabar a 4,5kms à frente ou melhor dizendo, mais acima! Sim...4,5kms onde chegámos a atingir uma inclinação superior a 30% e que terminou aos 1042m de altitude.
Fotografia: Frítz |
A Freita a mostrar todo o seu esplendor e a demonstrar que é preciso merecer e sofrer para a conseguir ultrapassar. Uma hora e uns picos e depois de ter passado pelo novo e espetacular miradouro da Gralheira, lá chego eu à torre com a minha moral em alta pois...estava muito perto de voltar a conquistar mais uma vez a serra que me viu nascer para o trail.
Já depois de ter passado o miradouro situava-se um pouco mais à frente o 3º abastecimento, que era ao km32,5.
Pela frente ia ter uma parte do percurso novo para mim, ia descer até á cascata da Mizarela por um sitio que não conhecia. Bem, confesso que tive medo! Foi uma parte do percurso perigosa. A descida tinha uma inclinação brutal e como tinha chovido muito durante a noite as folhas e a vegetação estavam escorregadias.
Feita a descida perigosa, chegava a compensação. É incrível aquela cascata, tem uma beleza única.
Umas cordas para ajudar a saltar de rocha em rocha e toca a subir em direção à parte final da prova.
Depois de ter atravessado o rio proveniente da cascata, ia voltar a entrar num percurso já bem conhecido por mim, mas isso não fez com que eu tivesse menos dificuldade em superar aquela parte do trilho.
Fotografia: Fritz |
O trajeto era curto mas a inclinação chegou na ser superior a 40%, ou seja, tinha uma parede à minha frente. Uma parede com 1km de cumprimento que levei quase 30 minutos a subi-la. Jasusssss!! Bem...Era mesmo a Freita a espremer-me ate à ultima gota de suor!
Conquistada esta ultima subida vejo o Fritz e mais uns camaradas destas andanças que me alertavam para o fim próximo da prova 😀
Ahhh é verdade...andei sensivelmente 30kms sozinho o que deu para meter a conversa em dia com a Freita.
Estava prestes a conquistar mais uma vez a Serra da Freita com o meu filhote a assistir juntamente com a Clarinha que estava à minha espera (agradeço muito todo o teu apoio) e sem esquecer...desforrei-me!
Continuo a dizer, é preciso respeita-la! É preciso dar-lhe atenção! É preciso mima-la! É preciso ouvi-la! É preciso merece-la para que ela se deixe conquistar!
Obrigado Ricardo, e equipa da organização!
Resultados:
Menina - KM vertical - 1h12
- 54º geral
- 3º escalão F40
Menino - Skymarathon - 7h29
- 18º geral
- 7º escalão
Bons treinos #runners 💪😁
Excelente. Parabéns.
ResponderEliminar2 máquinas 💪😋
Obrigado Ivo :) Um abraço.
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