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Olá, chamo-me Pedro Lopes e sou um apaixonado pelo Trail, em especial por aquelas provas mais longas que nos consomem a alma para as conseguir realizar! Espero que com este blog consiga transmitir todas as emoções que vivo durante as minhas aventuras.

quinta-feira, 15 de dezembro de 2022

Gerês Extreme Marathon

 

No fim de semana 3 e 4 de dezembro foi dia de mais uma aventura.

Fotogtafia: Pedro Lopes

E que aventura! Gerês Extreme Marathon para mim e pelo segundo ano consecutivo a Extreme Mile para a menina.

No ano passado a Clarinha participou pela 1ª vez na Extreme Mile e como tínhamos ficado uns dias pelo Gerês para passear, aproveitámos e no dia seguinte à prova dela fomos ver a partida também das outras provas.


Gráfico da Extreme Marathon


Que grande ambiente, diga-se! Provas de estrada não é bem a “minha onda”, mas aquela parecia-me especial e daria um bom desafio, visto que era uma maratona em estrada e com um acumulado bem interessante.

Eu senti logo o bichinho a “entranhar-se” no meu corpo, mas deixei andar até porque estávamos a chegar ao final do ano, tinha vindo do Pisão Extreme e estava ali para passear e desfrutar com a Clarinha das super paisagens do Gerês.

Dias mais tarde, e depois de ter visto algumas fotos da prova, é que o bichinho voltou a manifestar-se! Era impossível ficar indiferente aquelas paisagens, aquelas montanhas, aquelas vistas! QUE ESPETACULAR!

Bem, aliado ao facto de ter acumulado e eu poder estrear-me numa maratona em estrada, a “coisa” tinha ficado mais ou menos apalavrada que voltaríamos no ano seguinte. A Clarinha repetia a milha e eu fazia a minha maratona.


(Dorsal levantado durante o dia de sabado)


E assim foi, inscrição feita, mais ou menos recuperado da malha do Pisão Extreme, e toca a mudar o chip para a minha 1ª maratona.

Tínhamos decidido, mais uma vez passar o fim de semana no Geres, e desta vez tínhamos conseguido arranjar dormida num local muito perto do centro, o que nos possibilitava deslocar a pé sempre que queríamos passear pelo centro.

A prova da Clarinha tinha sido no sábado. O dia esteve fantástico, um pouco de vento, mas o sol brilhava. Deu bem para aproveitar as paisagens no Miradouro Voltas de São Bento, que era o local de chegada para quem fazia a Extreme Mile.

Fotografia: Pedro Lopes

Na Milha, a menina tinha conseguido arrancar um 3º lugar na geral feminina o que me deixou super orgulhoso e claro ela ficou, mega contente.

Ora bem, estava tudo a correr bem, só faltava mesmo conseguir fazer a minha maratona.

Fotografia: Gerês Extreme

Confesso que não estava nervoso, mas sim ansioso. Maratonas nas pernas, não me faltam...só que esta era em estrada, onde os ritmos são diferentes e com paisagens únicas e afinal de contas estava prestes a participar na maratona de estrada mais difícil do mundo.


Fotografia: Pedro Lopes (local da partida do Extreme Mile)

Dia da minha prova…




Que ambiente fantástico.

Chuva! Chuvinha! Sim…os senhores do tempo previam que fosse só por volta das 14h, mas ela queria fazer parte desta minha aventura e então decidiu aparecer logo de manha.

O relógio marcava 9:20h e o Sr. Joca (o super speacker) dava o inicio da grande aventura dos 42Km`s. Os atletas dos 32km`s e 21Km`spartiram connosco. Mais tarde era a vez dos atletas que iriam participar nos 14km`s.

O inicio do percurso foi brutal! Uma mega subida de sensivelmente 8km`s de onde saímos dos 340m de altitude e só parávamos nos 850m deram bem para aquecer e esquecer o frio que se fazia sentir.

Leonte era o local do 1º abastecimento que ficava então no 8º km. Neste abastecimento não parei. Pela íamos ter uma descida e depois mudávamos de piso. Deixávamos o alcatrão e íamos andar em terra batida ate à Mata de Albergaria, km 17,5, local do 2º abastecimento. Aqui sim, parei e tentei abastecer-me, aproveitando para alongar um pouco as pernas. Nesta parte do percurso andámos sempre junto ao Rio Homem (julgo eu) e onde iriamos ter à Barragem de Vilarinho das Furnas e seguir em direção ao 3º abastecimento que era em Brufe.

Esta foi uma das partes mais duras do percurso, para mim, claro! Esta parte do percurso obrigava-nos a subir e descer pelo mesmo local, ou seja, os atletas iam até ao abastecimento e davam a volta para trás.

Para lá era a subir e para cá a descer! Bem, a subida era brutal, mas a descida era mega brutal! Ia eu ainda a começar a subir e os primeiros classificados já vinham a todo o gás de regresso, prontos a entrar já na ultima parte da prova. Assim que começo também a descer, já depois de ter passado pelo 3º abastecimento, em Brufe, começo a ver que ainda vinha muita gente a subir ou seja, não era dos últimos.

Fantásticas paisagens! Mesmo com a chuvinha miudinha e com algumas nuvens e nevoeiro, deu para ver bem a monstruosidade de beleza daquelas paisagens únicas no Gerês.

Os vídeos que fiz durante a prova, ajudam a explicar um pouco o que aqui digo...

Ora bem, não sei se me custou mais a subir se foi a descer. Que descida do “caraças” aquela!

Eu estava a adorar! Estava a sentir-me bem! Facilmente esquecia-me que estava numa prova! Esquecia-me que estava na Maratona de estrada mais difícil do Mundo!

Assim que acabámos a descida, voltei a passar a barragem. Ia entrar na ultima grande subida da prova para depois voltar a ter uma super, mega descida, esta já em direção à meta.

Km29,5 e estava no abastecimento no Museu da Geira. Deu para comer uma sopinha e alongar mais um pouco as pernas. Continuava a sentir-me bem, a adorar o percurso a fazer as minhas filmagens…tudo estava a correr muito bem.

Abastecido arranco então em direção ao Miradouro Voltas de São Bento, que também era o local do último abastecimento (km35).  

Fotografia: Pedro Lopes (fotografia tirada no dia da Extreme Mile)

Esta parte do percurso era sempre a subir, o que em determinada altura fez com que ficasse acima das nuvens o que proporcionava uma paisagem única. Acho que não consigo exprimir o meu sentimento de felicidade em ter feito esta prova. Acreditem, é única! Um dia, se puderem, façam-na!

Quando dou por ela, passo pelo ultimo abastecimento onde estava la malta do staff super bem-disposta e divertida, apesar da chuva miudinha e do frio. (isto ao km35)


Fotografia: Nélson Costa


 Entrava na parte final da prova. Uma descida com cerca de 8km`s de onde vínhamos dos 760m de altitude para os 350m (sensivelmente)

E pronto quando dou por ela, chego à vila, com um sorriso de orelha a orelha e…tá feita a maratona de estrada mais difícil do mundo! Que alegria! A minha 1ª maratona de estrada tinha sido feita num local único o que torna esta minha estreia, especial!


Fotografia: Sergio Rodrigues

À minha espera estava a Clarinha que, entretanto, tinha sido chamada para subir ao pódio para receber o seu, mais do que merecido premio.

E pronto, assim foi a nossa superaventura pelo Gerês. Um aprova única, especial e viciante!


Fotografia: Clara Santos


Só para que se saiba…o bichinho do Extreme 90k já se “entranhou”


Fotografia: Clara Santos


Nossos resultados:




Clarinha – Extreme Mile – 2º feminina – 1º F40

Fotografia: Clara Santos


Pedrocas – Extreme Marathon – 4:28h – 128º geral – 114º masculino – 47ºM40



Deixo o vídeo que fiz durante a minha prova. 👇👇





sábado, 26 de novembro de 2022

Pisão Extreme 65k - 2022


No passado sábado dia 19,  foi dia de ir até São Pedro do Sul, rumo ao Pisão Extreme.


Fotografia: Eduardo Campos

Eu ia participar pela 4ª vez na prova dos 65K com 6500D+ e a Clarinha pela 1ª vez na prova dos 35K com 3600D+

As semanas de treino que antecederam a minha prova, não tinham corrido bem. Fiquei com gripe e os treinos ficaram logo condicionados, sendo que na semana antes da prova, não consegui treinar nenhum dia, tais eram as dores de corpo e fraqueza.

Fotografia: Eduardo Campos

A Clarinha tinha sido um pouco “forçada” a participar nos 35k porque eu achava que seria um bom desafio para ela. Sabendo eu do seu gosto por aquela serra, incentivo meu não faltou para se inscrever na aventura dos 35k.


Fotografia: Eduardo Campos

Já quanto a mim, apesar de saber que existiam umas pequenas alterações ao percurso, sabia bem o que me esperava e que para além de ter que estar bem fisicamente (que não estava) era importante ainda estar melhor mentalmente para conseguir aguentar aquela monstruosidade de serra.

Dia da prova


Fotografia: Eduardo Campos

Chegámos cedo, deu para fazer as coisas com calma, falar com amigos e ir mudando o chip para a prova.

A ameaça de chuva tornou-se a realidade, sendo ela miudinha, bastou para que o impermeável já fosse vestido.

Partida dada e lá ia eu para a minha aventura pela serra da arada à conquista da minha 4ª medalha de finisher dos 65k.


Fotografia: Eduardo Campos

Ia tudo bem, ate que mais ou menos, ao km22. As minhas pernas deixaram de corresponder à minha vontade. Ia com imensa dificuldade, queria correr, mas as pernas tremiam e doíam. Estava perto do abastecimento de Covas do Monte, local de mais uma barreira horária.

Arrastei-me ate lá, mas o animo estava mesmo já a raspar o fundo, porque sabia bem que assim não estaria em condições de seguir a minha viagem, e para além de estar mal fisicamente, o animo era zero!


Fotografia: Eduardo Campos


Chegado a Covas do monte, com alguma vantagem em relação à barreira horária, sentei-me, descansei comi duas sopas e fiquei a pensar o que fazer. Sigo e tenho a certeza que não vou conseguir e fico no próximo abastecimento ou paro, estreio-me nas provas DNF e acabo com este sofrimento?

A barreira “falou-me” mesmo para ficar ali! Eu ouvi! Ela disse-me que era desta que não ia conseguir!


Fotografia: Francisco Soares

Bem, foi aqui que falei pela primeira vez com o António Franco (já vos explico melhor) que também estava no abastecimento e que estava a dizer que no ano passado tinha ficado por ali e não tinha acabado a prova.

Duas sopas no bucho, ouvidos de mercador para a barreira, e toca a retomar a prova, rezando para que conseguisse chegar a tempo de passar dentro da barreira horária estipulada.


Fotografia: Eduardo Campos


O António Franco seguiu pouco depois de mim, vindo mais à frente, mais propriamente nas escadas do inferno, a apanhar-me.

Estava a sentir-me melhor, mas sabia que seria uma prova onde as dificuldades físicas e emocionais eram enormes.

Estávamos quase a chegar a Macieira, local da base de vida. Entretanto a noite já se tinha posto, frontal ligado e nevoeiro a dificultar-nos a vida.

Aqui já tinha mesmo a companhia do António e de um senhor espanhol chamado Guilherme Ramon que acabaria por fazer a restante parte da prova connosco!


Fotografia: Pedro Lopes


Eu estava preocupado e um pouco desanimado, porque não sabia se ia conseguir chegar dentro do tempo da barreira horária na base de vida. Ultimo forcing nas descidas impondo um trote mais rápido para tentar chegar a tempo…ate que……chegávamos! Que alegria! Que alivio! Que vitoria …..ter chegado a tempo!!

Foi então que ficou decidido com o António que iriamos acabar a prova, desse por onde desse! Era para acabar! O Sr. Guilherme, estava connosco! Teríamos que “penar” para para acabar o raio da prova que me ia arrumando para o lado!


Fotografia: Eduardo Campos


Assim foi, abastecidos, com roupa seca e mais quente vestida e toca a despachar isto! Pela frente ainda íamos ter a penosa subida do Fujaco, mas eu sabia que despois de a fazer, era só começar a descer ate à meta.

Pela frente ainda tivemos que passar pela barreira horaria que estava no inicio da descida para o Fujaco. Passámos mesmo em cima do tempo, mas lá conseguimos!

Chegados ao abastecimento do Fujaco, o fim estava quase próximo, era só mesmo aquela subida e a prova estava praticamente feita.


Fotografia: Eduardo Campos

Assim foi, Fujaco conquistado, e começávamos a descer em direção ao nosso momento de gloria.

Os últimos kms foram feitos em conversa o António e o Sr. Guilherme, o que ajudava a abstrair-me das dores e de vez em quando lá puxava eu pela malta outras vezes era o António ou o Sr. Guilherme, porque apesar de estarmos já em direção à meta, ainda havia a barreira horaria da prova que era preciso cumpri-la.

Que grande batalha travámos nós nos últimos km`s! Que loucura! Que dureza! Que força de vontade enorme, nós tivemos heim?!


Fotografia: Eduardo Campos

Caramba! Quase que posso dizer que eu nesta prova, nesta serra, estive do outro lado e voltei! Percebem o que digo? Fui engolido, cuspido, abanado, amarrado, calado por aquela monstruosidade de serra e voltei! Voltei e acabei! Eu e os meus companheiros, a quem agradeço a companhia, a força e o incentivo!

Á minha espera estava a minha guerreira que me tinha deixado orgulhoso por saber que completou o desafio dela e melhor…ela disse-me que quer voltar a fazer! Ahahahahah! É disto que eu gosto! É de pessoas destas que eu gosto de estar rodeado! Pessoas simples, com uma mentalidade gigante.


Fotografia: Clara Santos


Quanto a mim, voces já sabem! Loucura não me falta 😁


Fotografia: Pedro Lopes


Aqui fica o video feito durante algumas partes da minha prova → https://youtu.be/FT6KaQQhcAk


quinta-feira, 10 de novembro de 2022

I Trail Entre o Dão e o Mondego

 

No passado Domingo foi dia de rumar até Carregal do Sal, para uma prova com distância única de 18kms.

Esta que foi a 1º edição do Trail Entre o Dão e Mondego, portanto para nós iria ser uma experiência nova. 


Dia da prova

Esta teve inicio às 9:30, o que não nos obrigou a levantar tão cedo conforme tem sido habito. Uma horita e pouco de viagem e chegávamos a Carregal do Sal.

Os senhores do IPMA "tinham dito" que não deveria chuver, mas…enganaram-se!

Assim que chegámos ao nosso destino, a chuva deu o ar da sua graça e assim foi durante a prova toda. Bem, nada que não estejamos habituados.


Como chegámos com antecedência ainda deu para pôr a conversa em dia com alguns amigos que também estavam presentes.

Parabéns Marco pela tua prestação, grande prova!

Fotografia: Trail Entre Dão em Mondego (na fotografia Marco Simões)

De salientar a excelente organização. Dou os meus parabéns a quem desenhou o percurso, porque para além dos trilhos estarem bem limpos, deram-nos o que tinham e sem inventar. Percurso técnico em algumas partes, com umas travessias entre rochas e calhaus num riacho. As subidas eram algo difíceis, mas davam para pôr um trote constante. Em relação aos abastecimentos foram o quanto baste para a distância em causa, apesar de que, eu acabei por não parar em nenhum.


Fotografia: Trail Entre o Dão e o Mondego

Também de referir que a parte final da prova nos levou a atravessar o interior da Câmara Municipal. Entrávamos pela garagem, atravessávamos de um lado para o outro no interior da Câmara e subíamos ate à entrada principal, onde de lá, entrávamos nos últimos metros antes da meta! Muito engraçado, mesmo!!

Muitos parabéns!

Fotografia: Trail Entre o Dão e o Mondego

No final, para além de um banhinho quente e para quem assim tivesse escolhido na altura da inscrição, ainda tinham um banquete à espera.

Mais uma vez fica demonstrado que com um valor de inscrição pequeno, consegue-se fazer muito.

E assim termina o meu ciclo de provas antes Pisão Extreme 65k 😄

Ah!!! A minha menina também concluiu a prova com sucesso 😀, portanto também está de parabéns. Vem ai agora uma grande aventura para ela :D (em breve saberão)

 Nossos resultados:




Pedrocas: 18kms – 1:47h – 18º geral – 8ºM40

Clarinha: 18Kms – 2:28h – 14º geral – 7º M40


Aqui fica o meu registo em 📹




sexta-feira, 28 de outubro de 2022

Viseu Trail Running 45k 2022

 

No passado domingo foi dia de rumar ate Viseu, mais propriamente ate Sanguedinho de Cotâ.


Esta foi a nossa segunda participação no Viseu Trail Running, eu na distancia ultra e a Clarinha na distancia longa.


Fotografia: Pedro Lopes



Já sabíamos mais ou menos o que nos esperava, mas nunca há duas provas iguais. Na realidade este ano o percurso foi, se não estou em erro, em grande parte, feito no sentido contrario do ano passado.

A distancia longa tinha 45km`s que na realidade acabou por ter 47,5 o que me deixou um pouco irritado derivado ao cansaço que já levava e depois por todas aquelas más sensações que sentimos quando já vamos no nosso limite e o cérebro começa a não ajudar muito. Bem…já passou, e foi concluída. Tinha em mente fazer menos tempo que no ano passado, e até ao km20 estava a conseguir, mas depois, começaram os problemas.


Fotografia: Pedro Lopes


Tinha decidido levar umas palmilhas de gel, para experimentar como reagia os meus pés (ando em experiencias para o Pisão Extreme), mas revelou ter sido mesmo uma má experiencia! Depois do km 20 a minha prova mudou por completo, as pernas começaram a ficar pesadas, parecia ter um quilo a mais em cada pé, a lama era muita e as sapatilhas molhadas também não ajudavam muito, mas…as palmilhas…MEU DEUS…que má experiencia mesmo!

Depois de ir algum tempo a pensar o que fazer, visto que assim não ia aguentar, lá decidi parar e tiras as palmilhas. Jasus…que peso me tinham acabado de tirar!

Toca a mete-las dentro da mochila e “oupa…que já se faz tarde”!

Tinha ficado com moça nas pernas, o corpo já não estava fresco, mas a diferença sem elas foi muita e deu para meter um ritmo mais lento do que os 20km`s iniciais, mas, lá se corria…rumo ao km 45 (47,5k).

De salientar a excelente organização, um excelente dia de festa, com um numero enorme de voluntários espalhados por todo o percurso e de salientar também todo o dispositivo de segurança que a prova montou, onde tínhamos bombeiros espalhados também pelo percurso e em alguns casos a andar de moto 4 pelos trilhos.

A chuva que já tinha sido anfitriã no ano passado, voltou a ser este ano dando o ar da sua graça e dificultando a vida a quem se tinha aventurado pelos trilhos bem marcados por esta malta espetacular!


Fotografia: Viseu Trail Running


Resumindo, achei o percurso deste ano um pouco mais difícil do que o do ano passado, a lama e a chuva dificultaram e muito a nossa vida, a organização esteve excelente (tirando a parte dos 2,5km`s) a mais, e o convivio pós prova…ou seja a “hora da bifana” do melhor, mesmo!

Parabéns também a minha menina que mais uma vez concluiu um desafio ao qual se propôs fazer #rumoaopisao

Parabéns também aos nossos colegas de equipa DCI/ Trilhos Luso Bussaco, pelos excelentes resultados.

 

Nossos resultados:

Pedrocas: 45k - 6:11h – 33º geral – 10ºM40


Fotografia: Clara Santos


Clarinha: 28k – 4:13h – 61º geral – 5ºF40

Fotografia: Viseu Trail Running


Deixo aqui o meu video da prova:   👉👉       https://youtu.be/ET7ezxhT7Rc

quarta-feira, 12 de outubro de 2022

Trail Santa Justa 30K

 

No passado domingo, foi dia de rumar até Valongo, para participar no Trail Santa Justa 30k





A prova era nova para nós, o que nos deixava um pouco ansiosos para conhecer o local e os trilhos.
A Clarinha tinha decidido desafiar-se na distancia mais longa, tal como eu. Só que a semana da menina ficou marcada por uma constipação que a impossibilitou de treinar. Esteve mesmo até à véspera do trail para decidir se participava ou não.
Já eu, tinha treinado bem, mas tinha a noção que seria uma prova com um andamento um pouco mais rápido para o que eu gosto, mas mesmo assim tinha decidido dar o meu melhor e tentar ir ate ao limite. Até porque o Pisão Extreme está aí e…ir ao limite ou ir no limite é o que me espera.
Chegámos cedo. A partida estava marcada para as 8:00h. Dorsais levantados sem confusão e toca a prepararmo-nos para os 30k de diversão.

Esta foi uma prova em que a equipa DCI/Trilhos Luso Bussaco marcou presença com uma comitiva grande, para participar também nas outras distancias.

O ambiente era de festa, tudo bem organizado, a malta estava divertida, o tempo também ajudava porque não estava calor, mas também não estava frio. Perfeito!
Assim que o relógio marcou 8:00h o sino da Igreja deu o toque de partida e lá fomos nós...

O primeiro quilometro teve direito a mais uma passagem pela zona de partida e então depois é que entravamos verdadeiramente nos trilhos.

De salientar a excelente organização. 
Os trilhos e o percurso surpreenderam-me bastante pela positiva.
Muitos parabéns e claramente 😁 uma prova a repetir.

Para a história fica o meu 61º lugar na geral, 8º M40 e as 3:19h que precisei para concluir os 27k (não chegou aos 30k, conforme anunciado pela organização).

Quanto à Clarinha, assim que consegui, decidi ir ao encontro dela para tentar dar-lhe uma força extra, visto que derivado à semana difícil que teve, a prova estava a ser feita com dificuldades acrescidas.
Mesmo assim conseguiu concluir a prova em 4:37h que lhe deu direito ao 135º da geral, 25º feminina e 7º M40 





quarta-feira, 28 de setembro de 2022

Coimbra Trail - Ultra Trail 42K

 

No passado dia 25 foi dia de rumar ate Coimbra, mais propriamente Santo António dos Olivais.
Coimbra Trail foi a prova escolhida para o inicio da competição “pós ferias”.
A Clarinha decidiu ir à distancia de 25k já eu decidi fazer a de 42k para tirar a ferrugem das pernas.




A minha prova teve inicio às 8:00h e a da Clarinha às 8:45h.
De registar que no dia anterior realizou-se o Coimbra Trail Kids (competição onde o meu herdeiro fez a sua estreia) e que foi uma excelente tarde de convívio e onde os mais pequenos puderam saborear um pouco o trail num circuito fechado. O Gui, adorou 😀




A minha prova contou com 4 abastecimentos. Dois em Brasfemes, um em Dianteiro e outro em vale das Canas. Estes dois últimos com barreira horaria. Pelo meio ainda havia uns garrafões de agua para a malta poder beber entre os abastecimentos e que muito jeito deram.
Parabéns a todos os elementos da organização, porque proporcionaram um excelente dia de trail.

Nossos resultados:

Pedro - 43k – 6:23h – 27º geral – 10º M40




Clarinha – 25k 4:07h – 185º geral  - 39º femininos – 12ºF40





sábado, 25 de junho de 2022

Ultra Trail Serra da Freita - 2022


                                    "Dos fracos nao reza a historia"

...eu diria mais "isto é para homens de barba rija e mulheres de bigode!







No passado dia 25 de junho, foi dia da prova Rainha de Portugal 😁.

Ora bem, tinha chegado o DIA. 

O dia da minha prova! O dia de passar a noite na minha serra preferida! o dia em que ia ter tempo para por a conversa em dia com a "minha" Serra da Freita 😆

 Bem, mais uma vez tinha decidido com a Clarinha irmos na véspera.  Tínhamos conseguido arranjar um local muito agradável, familiar, com gente muito simpática perto de Arouca para pernoitar, eu uma noite, a Clarinha e o meu filhote, duas noites. Para os interessados chama-se VisitaFreita. (Obrigado Rui pela indicação 😄)




Assim que chegámos a Arouca fomos levantar o dorsal e o friozinho na barriga fez-se logo sentir.

A noite foi com alguma chuva. Os senhores da meteorologia, assim tinham prometido. 

Como era de esperar, eu pouco consegui dormir. Apesar de já ter feito esta prova de 100km`s duas vezes, de ter já feito inúmeras outras provas nesta serra e de outras tantas vezes ter vindo treinar para a Freita, era impossível conter o nervosismo. Afinal de contas ia participar numa prova traçada pelo Sr. Moutinho.




Os treinos tinham corrido mais ou menos bem, apesar de ter atravessado uma fase física menos boa, onde as cãibras eram residentes oficiais no meu corpo, lá ia conseguindo cumprir com a minha preparação. 




 Dia "D" que é como quem diz, dia da prova 

A partida era dada ás 6:00h da manha, o que obrigou a famelga a ter que levantar-se cedo para me levar até ao local da partida que era junto ao Complexo Desportivo Municipal de Arouca.

Mais uma vez esta prova, para mim, caracteriza-se por ser um teste à sobrevivência, à paciência e resiliência, e à dor, apesar de que este ano não esteve o calor abrasador que é característico nesta prova. Mas as dificuldades estavam lá todas. As Goelas do Mundo (epá...não consigo transcrever a beleza e dureza daquele trilho), mas que vale a pena deixar lá litros de suor, vale! 

As travessias pelo rio, onde todos dizem que é a parte mais fácil da prova, mas que, pode deixar marcas e fazer moça para os quilómetros seguintes, pelo menos para quem não tiver um par de meias suplentes na mochila para poder trocar no abastecimento de Covelo de Paivô, local este, (para mim) onde realmente começa a verdadeira prova e conhecemos a verdadeira dureza da Freita!

O Muro, (uma das definições de muro - construção usada para separar terrenos, …muralha de fortificação) - ora bem...aqui este local não separa terrenos, porque não tem nenhuma construção…, mas é uma autentica parede na vertical em que algumas vezes precisamos de ligar a "tração às 4" e.…não estou a exagerar! 




Ah...este muro separa-nos também do próximo trilho, que só o nome diz tudo "Subida das Almas Penadas" 

Nem sei bem o que dizer...sobre esta subida, mas que ficamos completamente depenados, ficamos!

Depois temos a aldeia da Pena, onde a sua famosa sopa com broa acompanhada por uma "jola" num local onde a sombra e a brisa fresca ajudam a atenuar o “depenanço” atras!




O Portal do inferno.




Drave - a aldeia magica.




Os famosos 3 pinheiros, que até chegar a eles vamos a rogar pragas ao obreiro desta prova, Incas e finalmente ao km60, Povoa das Leiras - base de vida (local onde podemos receber assistência externa, trocar de roupa e descansar um pouco, claro...quem tiver ainda tempo para isso!



 Até que vem a famosa Besta, no meu caso, feita já com a noite posta e um frontal ligado.

Bondança, Porqueiras e as tão famosas escadas do Martírio até que chegamos à Lomba!

Mais uma bifana e uma cervejinha no bucho...e as energias estavam recarregadas para os km`s finais!

Bradar aos Ceus, era o que me esperava. Mais um nome em que facilmente fazemos um filme na nossa cabeça sobre a suposta dureza desta subida. 




Neste meu caso, o que teve de dureza, teve ainda mais de beleza! Já quase na parte final da subida, o dia começou a nascer! Maaaas queeeee paisagem!!!!! Qual dor, qual cansaço, qual que!!! A Freita tem qualquer coisa de fenomenal!!! 

Pedras Parideiras e toca a rumar ao local do ultimo abastecimento, Albergaria da Serra.

Chegado a este abastecimento, significava que faltavam 13km`s para alcançar Arouca e conseguir assim acabar pela 3ª vez esta aventura!

E pronto, os km`s finais foram praticamente a descer e depois de mais uns nomes feios e umas outras quantas pragas (outra vez) rogadas ao "Pai" por estar fartinho de tanta descida...lá entro nos km`s finais com a escola à vista e com a Clarinha e o Gui à minha espera.

Assim que entro no pavilhão, o sentimento é indescritível. É uma sensação única! Não sei…faz-me sentir o homem mais forte do mundo, não sei se percebem!

Doidices e muiiiita paixão! Paixão pela serra, pelos trilhos, pela corrida…

 Esta não foi a minha melhor prestação em relação à classificação e ao tempo que demorei, mas isso para mim, não interessa muito, principalmente numa prova de 3 dígitos. Até porque mais uma vez fiz a prova sem relógio e praticamente sem saber a quantas andava. O importante era ir alcançando os dez abastecimentos que tinha pela frente e chegar a Arouca a respirar!

 

Resumindo:

26h35 depois de ter partido de Arouca, regresso ao Pavilhão no 85º lugar na geral, 43º no escalão M40, sem pele num calcanhar, com uma unhada pisada, mas com um sorrido do tamanho do mundo!





Obrigado Clarinha por todo o teu apoio durante a prova e depois dela também (bem que precisei) 😁


Desta vez juntei umas fotos e fiz um pequeno resumo em video. 

Fotografias: Clarinha, Frítz, Rui Rodrigues, Bruno Batista, Susana Luzir, Ultra Trail Serra da Freita.