No fim de semana
3 e 4 de dezembro foi dia de mais uma aventura.
Fotogtafia: Pedro Lopes |
E que aventura! Gerês Extreme Marathon para mim e pelo segundo ano consecutivo a Extreme Mile para a menina.
No ano passado a
Clarinha participou pela 1ª vez na Extreme Mile e como tínhamos ficado uns dias
pelo Gerês para passear, aproveitámos e no dia seguinte à prova dela fomos ver
a partida também das outras provas.
Gráfico da Extreme Marathon |
Que grande
ambiente, diga-se! Provas de estrada não é bem a “minha onda”, mas aquela
parecia-me especial e daria um bom desafio, visto que era uma maratona em
estrada e com um acumulado bem interessante.
Eu senti logo o
bichinho a “entranhar-se” no meu corpo, mas deixei andar até porque estávamos a
chegar ao final do ano, tinha vindo do Pisão Extreme e estava ali para passear
e desfrutar com a Clarinha das super paisagens do Gerês.
Dias mais tarde,
e depois de ter visto algumas fotos da prova, é que o bichinho voltou a
manifestar-se! Era impossível ficar indiferente aquelas paisagens, aquelas
montanhas, aquelas vistas! QUE ESPETACULAR!
Bem, aliado ao
facto de ter acumulado e eu poder estrear-me numa maratona em estrada, a
“coisa” tinha ficado mais ou menos apalavrada que voltaríamos no ano seguinte.
A Clarinha repetia a milha e eu fazia a minha maratona.
(Dorsal levantado durante o dia de sabado) |
E assim foi,
inscrição feita, mais ou menos recuperado da malha do Pisão Extreme, e toca a
mudar o chip para a minha 1ª maratona.
Tínhamos
decidido, mais uma vez passar o fim de semana no Geres, e desta vez tínhamos
conseguido arranjar dormida num local muito perto do centro, o que nos
possibilitava deslocar a pé sempre que queríamos passear pelo centro.
A prova da
Clarinha tinha sido no sábado. O dia esteve fantástico, um pouco de vento, mas
o sol brilhava. Deu bem para aproveitar as paisagens no Miradouro Voltas de São
Bento, que era o local de chegada para quem fazia a Extreme Mile.
Fotografia: Pedro Lopes |
Na Milha, a menina tinha conseguido arrancar um 3º lugar na geral feminina o que me deixou super orgulhoso e claro ela ficou, mega contente.
Ora bem, estava tudo a correr bem, só faltava mesmo conseguir fazer a minha maratona.
Fotografia: Gerês Extreme |
Confesso que não estava nervoso, mas sim ansioso. Maratonas nas pernas, não me faltam...só que esta era em estrada, onde os ritmos são diferentes e com paisagens únicas e afinal de contas estava prestes a participar na maratona de estrada mais difícil do mundo.
Fotografia: Pedro Lopes (local da partida do Extreme Mile) |
Dia da minha prova…
Que ambiente fantástico.
Chuva! Chuvinha!
Sim…os senhores do tempo previam que fosse só por volta das 14h, mas ela queria
fazer parte desta minha aventura e então decidiu aparecer logo de manha.
O relógio marcava
9:20h e o Sr. Joca (o super speacker) dava o inicio da grande aventura dos
42Km`s. Os atletas dos 32km`s e 21Km`spartiram connosco. Mais tarde era a vez dos
atletas que iriam participar nos 14km`s.
O inicio do
percurso foi brutal! Uma mega subida de sensivelmente 8km`s de onde saímos dos
340m de altitude e só parávamos nos 850m deram bem para aquecer e esquecer o
frio que se fazia sentir.
Leonte era o
local do 1º abastecimento que ficava então no 8º km. Neste abastecimento não
parei. Pela íamos ter uma descida e depois mudávamos de piso. Deixávamos o
alcatrão e íamos andar em terra batida ate à Mata de Albergaria, km 17,5, local
do 2º abastecimento. Aqui sim, parei e tentei abastecer-me, aproveitando para
alongar um pouco as pernas. Nesta parte do percurso andámos sempre junto ao
Rio Homem (julgo eu) e onde iriamos ter à Barragem de Vilarinho das
Furnas e seguir em direção ao 3º abastecimento que era em Brufe.
Esta foi uma das
partes mais duras do percurso, para mim, claro! Esta parte do percurso
obrigava-nos a subir e descer pelo mesmo local, ou seja, os atletas iam até ao
abastecimento e davam a volta para trás.
Para lá era a
subir e para cá a descer! Bem, a subida era brutal, mas a descida era mega
brutal! Ia eu ainda a começar a subir e os primeiros classificados já vinham a
todo o gás de regresso, prontos a entrar já na ultima parte da prova. Assim que
começo também a descer, já depois de ter passado pelo 3º abastecimento, em
Brufe, começo a ver que ainda vinha muita gente a subir ou seja, não era dos
últimos.
Fantásticas
paisagens! Mesmo com a chuvinha miudinha e com algumas nuvens e nevoeiro, deu
para ver bem a monstruosidade de beleza daquelas paisagens únicas no Gerês.
Os vídeos que fiz
durante a prova, ajudam a explicar um pouco o que aqui digo...
Ora bem, não sei
se me custou mais a subir se foi a descer. Que descida do “caraças” aquela!
Eu estava a
adorar! Estava a sentir-me bem! Facilmente esquecia-me que estava numa prova!
Esquecia-me que estava na Maratona de estrada mais difícil do Mundo!
Assim que
acabámos a descida, voltei a passar a barragem. Ia entrar na ultima grande
subida da prova para depois voltar a ter uma super, mega descida, esta já em
direção à meta.
Km29,5 e estava
no abastecimento no Museu da Geira. Deu para comer uma sopinha e alongar mais
um pouco as pernas. Continuava a sentir-me bem, a adorar o percurso a fazer as
minhas filmagens…tudo estava a correr muito bem.
Abastecido
arranco então em direção ao Miradouro Voltas de São Bento, que também era o
local do último abastecimento (km35).
Fotografia: Pedro Lopes (fotografia tirada no dia da Extreme Mile) |
Esta parte do percurso era sempre a subir, o que em determinada altura fez com que ficasse acima das nuvens o que proporcionava uma paisagem única. Acho que não consigo exprimir o meu sentimento de felicidade em ter feito esta prova. Acreditem, é única! Um dia, se puderem, façam-na!
Quando dou por
ela, passo pelo ultimo abastecimento onde estava la malta do staff super bem-disposta
e divertida, apesar da chuva miudinha e do frio. (isto ao km35)
Fotografia: Nélson Costa |
E pronto quando
dou por ela, chego à vila, com um sorriso de orelha a orelha e…tá feita a
maratona de estrada mais difícil do mundo! Que alegria! A minha 1ª maratona de
estrada tinha sido feita num local único o que torna esta minha estreia,
especial!
Fotografia: Sergio Rodrigues |
À minha espera estava a Clarinha que, entretanto, tinha sido chamada para subir ao pódio para receber o seu, mais do que merecido premio.
E pronto, assim
foi a nossa superaventura pelo Gerês. Um aprova única, especial e viciante!
Fotografia: Clara Santos |
Só para que se
saiba…o bichinho do Extreme 90k já se “entranhou”
Fotografia: Clara Santos |
Nossos
resultados:
Clarinha – Extreme Mile – 2º feminina – 1º F40
Fotografia: Clara Santos |
Pedrocas –
Extreme Marathon – 4:28h – 128º geral – 114º masculino – 47ºM40
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